bancarios litoral norte

Bancários organizam Dia Nacional de Luta "Menos Metas, Mais Saúde"

Em Porto Alegre, ato será realizado nesta quinta (25), às 11h, em frente ao BB (rua Uruguai, 185, Centro Histórico)

 

O movimento sindical bancário organiza, em todo o país, ações nas ruas e nas redes sociais para o “Dia Nacional de Luta #MenosMetasMaisSaúde”, nesta quarta-feira (24/7). Em Porto Alegre, o SindBancários promoverá um ato na quinta (25), às 11h, em frente à agência do Banco do Brasil localizada na rua Uruguai, 185, no Centro Histórico. Na atividade haverá adesivaço, apresentação de rappers e alerta sobre as metas abusivas praticadas pelos bancos. O objetivo é pressionar as empresas contra a prática de modelo de gestão que vem afetando a saúde metal dos trabalhadores do setor. 

O Dia Nacional de Luta acontecerá pouco antes da quarta rodada de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (CN Fenaban), no âmbito da Campanha Nacional da categoria para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A pauta do encontro de quinta-feira será saúde e condições de trabalho, com foco na política de metas praticadas pelas empresas.

A pesquisa “Avaliação dos Modelos de Gestão e das Patologias do Trabalho Bancário”, realizada pela Secretaria de Saúde da Contraf-CUT, em colaboração com pesquisadores do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UNB), e divulgada no final de 2023, revelou que 80% dos trabalhadores bancários tiveram ao menos um problema de saúde relacionado ao trabalho no último ano. Destes, quase metade estavam em acompanhamento psiquiátrico. O principal motivo declarado para a busca de tratamento médico foi o trabalho.

Entre os que estavam em acompanhamento psiquiátrico, 91,5% utilizavam medicações prescritas pelo psiquiatra, percentual que reduzia para 64,4% entre os que estavam em outros tipos de acompanhamento médico. Entre 2013 e 2020, foram registrados 20.192 afastamentos de bancários pelo INSS, com alta de 26,2% entre 2015 e 2020, percentual 1,7 vez acima do crescimento total de afastamentos registrados no país (de 15,4% no período), considerando todas as categorias. Em relação ao total dos afastamentos acidentários por doenças mentais e comportamentais, os afastamentos de bancários correspondiam a 12% do total, em 2012, e a 25%, em 2022.

“Esses dados são inaceitáveis e comprovam que há prática de uma gestão adoecedora por parte dos bancos que precisa mudar. Portanto, o objetivo das manifestações é dar visibilidade ao alto número de adoecimento causados por metas excessivas, pressão por resultados e assédio moral para erradicar essas práticas”, explica o secretário de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles.

Jornalista/Fonte

Contraf-CUT

💬 Precisa de ajuda?