Reunidos virtualmente na tarde da última sexta-feira (28/06), membros da COE do Banrisul debateram, por mais de duas horas, o silêncio da direção do banco diante dos pedidos de abertura de diálogo e a preparação de medidas que serão tomadas para pressionar pela abertura de negociação. Entre as questões estão a inércia da direção em não ajudar de forma mais global os(as) funcionários(as) atingidos(as) pelas enchentes, como fizeram outros bancos; assuntos de ordem administrativas que vão se empilhando sem resposta do RH; além da crise que se instalou na direção do Banrisul após a confusão dos consignados.

O consenso do grupo é de que a falta de resposta da direção do Banrisul se configura como um claro desrespeito com os bancários e as bancárias, em especial os(as) que foram diretamente atingidos(as) pelas enchentes e aguardavam alguma ação mais solidária por parte do banco. “Tentamos conversar com o banco de todas as formas, enviamos ofício e sequer um ‘não’ tivemos como resposta. Fomos totalmente ignorados”, relatou Raquel Gil de Oliveira, diretora da Fetrafi-RS. 

E para quebrar essa barreira que se criou entre empregados(as) e direção do Banrisul, em uma total inversão de postura por parte da atual gestão (que ao assumir prometeu manter-se em constante diálogo com os sindicatos), a COE definiu uma série de ações para dar início ao processo de pressão. A primeira delas é informar à categoria, de forma clara, direta e detalhada, sobre o que está acontecendo. “Para isso iremos produzir um material informativo tratando exclusivamente desse tema e esclarecendo colegas sobre a importância da mobilização nesse momento, porque queremos abrir essa mesa de negociação antes de agosto. Depois os assuntos se acumulam com  a campanha nacional pela renovação do acordo salarial e com o a renovação do acordo específico com o  Banrisul”, avalia Luciano Fetzner, presidente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região.

Raquel Gil informou que na última sexta (28/06) foi enviado um novo ofício ao Banrisul, solicitando reunião para que seja entregue a pauta de reivindicações da campanha salarial com o banco.

A COE volta a se reunir no dia 4 de julho, em Santa Cruz do Sul.