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A quem interessa desgastar a imagem do Banrisul com a confusão dos consignados do funcionalismo público?

Nos últimos dias, o Banrisul anunciou mudança na prorrogação da cobrança nas operações de crédito dos consignados dos servidores públicos do Estado do Rio Grande do Sul. Na primeira ação do Banco como forma para aliviar a folha de pagamento dos servidores, devido a calamidade das chuvas de maio que causaram muitos estragos e prejuízos para todos os gaúchos e também para os servidores correntistas, a instituição bancária anunciou a não cobrança de quatro parcelas dos empréstimos. Estas parcelas iriam para o final do contrato e não incidiria juros pela operação.  Na semana seguinte, o Banco surpreende a todos que não tiveram os débitos na folha de maio, anunciando que a prorrogação passaria para as seis próximas parcelas compreendendo o período de maio a outubro e que na folha de novembro as parcelas não cobradas seriam diluídas nas parcelas restantes do contrato, incidindo juros e elevando o valor da parcela originalmente contratada por cada servidor(a).

Esta mudança nas operações dos consignados do Banrisul gerou dúvida  até dos próprios Banrisulenses. Ao mesmo tempo que tiveram seus próprios consignados recalculados tiveram que responder à indignação de servidores que buscaram explicações nas agências.

Também associações e sindicatos da categorias exigiram esclarecimentos por parte da direção do Banco gaúcho. 

A quem interessa o desgaste da imagem do Banrisul perante aos servidores, correntistas e da própria sociedade do Estado?

É fato que houve um erro do Banco ao anunciar uma operação que tinha como positivo aliviar as dívidas dos servidores, neste momento difícil das enchentes que assolou todas as regiões gaúchas e,  na sequência, promover mudança significativa e que impactará no orçamento individual de cada um com a cobrança de juros e aumento na parcela dos consignados em folha de pagamento.

O governador Eduardo Leite é um privatista convicto. Vendeu a “troco de bananas” praticamente quase todas as empresas públicas estaduais no seu primeiro mandato. Vendeu a Corsan neste seu desastroso segundo mandato que termina em 2026 e só não encaminhou a privatização do Banrisul porque usou este ativo do Estado como moeda eleitoral para vencer as eleições a governador em 2022, prometendo não discutir a venda do Banrisul até o fim da sua gestão no Piratini.

É certo que não dá para confiar na sua promessa. Disse que não venderia a Corsan e não cumpriu.

Com toda a confusão feita na prorrogação dos consignados dos servidores o que se imaginava ser uma ótima ação do Banrisul neste período de crise ambiental, colocou o Banrisul na vitrine dos bancos malvados. Abriu espaço para uma conhecida colunista pautar negativamente a operação do Banco, fazendo coro àqueles que consideram o Banco público atrasado, inoperante e incapaz de soluções para os servidores. Sabe-se do viés editorial do Grupo RBS defensor das privatizações. Unissonos a um discurso de depreciação do Banrisul, por causa de um equívoco operacional, influenciadores de opinião, defensores das empresas públicas não respiraram e foram na onda de bater no Banco.

O Banrisul é maior do que os interesses de oportunistas de plantão. Certamente encontrará uma solução para resolver este impasse. A instituição tem força e credibilidade para ser agente fundamental neste processo de reconstrução do Estado do Rio Grande do Sul.

Jornalista/Fonte

Gilnei Nunes – diretor de Comunicação

Fonte: SindBancário/RS

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