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Banrisul silencia diante dos pedidos de abertura de negociação por parte dos bancários

Fetrafi-RS buscou reunião para resolver pendências e demandas emergenciais devido às enchentes que devastaram o estado

A diretoria da Fetrafi-RS encaminhou, nos meses de abril e maio, vários ofícios à direção do Banrisul, pedindo uma reunião para resolver pendências, além de demandas emergenciais, devido às enchentes que devastaram o estado do Rio Grande do Sul. No entanto, obteve o silêncio como resposta para a maioria das reivindicações, enquanto outras foram negadas. “Diretorias de outros bancos sentaram com os representantes dos trabalhadores para negociar, mas nós do Banrisul sequer tivemos retorno dos ofícios enviados”, informa Raquel Gil de Oliveira, diretora da Fetrafi-RS coordenadora do Comando Nacional dos Banrisulenses.

O primeiro ofício, enviado no dia 24 de abril à Superintendência de Gestão de Pessoas, solicitava reunião com o banco para tratar de dois temas: a discriminação de empregados(as) em estágio de processo seletivo, que ficaram para trás na fila de nomeações, no momento que o banco nomeou antes funcionários(as) que não haviam cumprido o estágio; e a inconformidade de um conjunto de comissionados que passaram a exercer a função de Gerente de Mercado, pós agosto de 2022, e não foram contemplados com a elevação de nível no momento da nomeação.

Na mesma data, foi enviado ofício também à Superintendência de Gestão de Pessoas, solicitando que os(as) demais empregados(as) lotados(as) em municípios atingidos pelo Estado de Calamidade de 2023 tivessem o mesmo tratamento dado aos funcionários de Muçum e Roca Salles, em relação ao pagamento da PPR, que não sofreram qualquer prejuízo.

No dia 7 de maio, quando já havia sido decretado Estado de Calamidade em vários municípios do RS, a Fetrafi-RS enviou novo ofício à Superintendência de Gestão de Pessoas pedindo que fosse criada uma cláusula no ACT do Banrisul, semelhante à criada no Acordo da Caixa, que garantisse o adiantamento de 10 salários aos(às) empregados(as) vítimas de danos materiais graves em decorrência de fenômenos da natureza, com devolução em até 60 parcelas mensais sem juros.

Por fim, em 17 de maio, a Federação encaminhou ofício ao Banrisul, desta vez endereçado ao presidente, Fernando Lemos, com as seguintes reivindicações:

1. Carência de 12 meses, sem incidência de juros, dos empréstimos consignados de funcionários(as) atingidos(as) pelo Estado de Calamidade;
2. Antecipação de até 10 remunerações contratuais, com devolução parcelada e sem juros;
3. Renegociação de dívidas dos(as) empregados(as) com juros reduzidos;
4. Crédito de um Tíquete Alimentação extraordinário;
5. Anistia/abono de todas as horas não trabalhadas em decorrência do desastre;
6. Durante a vigência do Estado de Calamidade, consideração do atingimento de 100% das metas para efeitos de programas de remuneração (PLR/PPR/Bônus);
8. Criação de um canal de apoio psicológico para empregados(as), dependentes e familiares;
9. Criação de um programa de assistência aos trabalhadores terceirizados(as) e estagiários(as) atingidos(as) pelas enchentes. 

Ato o dia 17 de junho, data da publicação desse texto, o Banrisul não havia se pronunciado a respeito dos pedidos da Fetrafi-RS.

Jornalista/Fonte

Fetrafi-RS

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