A promoção por mérito, uma das principais conquistas das empregadas e dos empregados da Caixa, está emperrada por conta da paralisação das negociações desde julho de 2023. A coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e representante eleita dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, destaca que é urgente o retorno do debate sobre os deltas. “Na primeira negociação do ano, ocorrida em 6 de fevereiro, a comissão já havia cobrado da Caixa a retomada dos debates sobre a promoção por mérito. Na ocasião, o banco não sinalizou com nenhuma proposta. Na reunião desta semana vamos cobrar solução pois o delta faz diferença na remuneração do empregado. Queremos também que a Caixa apresente respostas às reivindicações que estão pendentes desde 2023 ou um calendário para negociar essas questões”.
“Tivemos apenas uma reunião neste ano, na qual relacionamos pautas urgentes a serem tratadas na mesa única de negociação. São muitas as pendências de mesas anteriores e outras demandas que vão surgindo com a movimentação feita pela Caixa sem o diálogo com as entidades que representam os empregados. A falta de transparência, as incertezas geradas, além de desmotivar, estão adoecendo os empregados e empregadas. É urgente um calendário fixo de negociações com a CEE”, cobrou Eliana Brasil, diretora executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
O coordenador do GT promoção por mérito, João Paulo Pierozan, lembra que as discussões da promoção por mérito referência 2022-2023 foram iniciadas em junho de 2023. Após duas reuniões, a Caixa suspendeu os debates desse GT, em julho, e de outros grupos de trabalho por conta da negociação relativa ao acordo do Saúde Caixa. “O banco e as representações dos trabalhadores não chegaram a debater nenhuma proposta. Os empregados aguardam com expectativa uma definição sobre o pagamento dos deltas. Nossa cobrança é que seja garantida a distribuição de um delta a todos os trabalhadores e haja o debate para aplicação do segundo delta”, reforçou João Paulo.
Na reunião desta quinta-feira (28), a CEE/Caixa vai cobrar ainda soluções para reivindicações como redução de jornada para pais de PCDs, reestruturação, retorno do GT Condições de Trabalho e também dos Fóruns de Condições de Trabalho, fim da atividade minuto e volta das designações de caixas e tesoureiros, dentre outras.
Fonte: Contraf/CUT