A Comissão Executiva de Empregados (CEE) da Caixa enviou um ofício à direção do banco, na segunda-feira (25), com uma série de questionamentos sobre as recentes mudanças no banco, que vêm impactando a vida funcional e gerando insegurança aos empregados.
“A falta de informação por parte da Caixa é preocupante. Os empregados estão sendo impactados por mudanças significativas sem terem acesso a informações claras e detalhadas sobre o que está acontecendo. Essa falta de transparência gera insegurança e instabilidade no ambiente de trabalho”, informou a coordenadora da Comissão, Fabiana Uehara Proscholdt. Ela reassumiu a coordenação até a data da sua posse no Conselho de Administração do banco.
No documento, a Comissão destaca diversas transformações em curso e solicita informações sobre o impacto do Plano de Demissão Voluntária (PDV), que prevê o desligamento de até 3.200 empregados.
“Sabemos que a Caixa, em PDVs anteriores, tem a estratégia de extinguir grande parte das vagas de cargo efetivo e, em especial, as funções gratificadas, de natureza técnica, dos trabalhadores que aderem ao PDV, com o objetivo de redução de despesas com a folha de pagamento. Isso desestimula os empregados que ficam nas unidades e almejam ascensão na carreira. Precisamos urgentemente debater com a Caixa”, declarou Eliana Brasil, diretora executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e empregada da Caixa.
Outra preocupação levantada pela Comissão são as mudanças decorrentes do projeto de transformação digital, que prevê o destacamento no processo “teia” de cerca de dois mil empregados para atuar de forma exclusiva por até dois anos. Esta alteração pode gerar mais sobrecarga de trabalho para os empregados.
A representação dos empregados também solicita esclarecimentos sobre a contratação de uma consultoria para realizar um estudo de adequação das funções gratificadas, assunto sobre o qual o movimento sindical tem interesse em participar do debate. Outras mudanças, como a criação de novas superintendências, o fechamento de unidades e a centralização do jurídico, são assuntos que necessitam de esclarecimentos.
Fonte; Contraf/CUT