A Caixa Econômica Federal obteve líquido contábil de R$ 11,7 bilhões em 2023, segundo relatórios do balanço do período divulgados na noite desta terça-feira (27). O banco fará uma coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (28) para explicar os resultados.
“Daqui a pouco publicaremos um texto com a análise dos relatórios feita pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sociais) e amanhã à noite (quarta-feira, 28), a partir das 18h30, faremos uma live para falarmos sobre o balanço e o pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados)”, disse o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rafael de Castro.
PLR maior
A perspectiva é de que esta segunda parcela seja maior do que a paga setembro, quando a gestão anterior do banco aplicou um redutor para diminuir os valores a serem pagos aos empregados na primeira parcela.
“Os valores de PLR que receberemos podem ser maiores, já que agora será pago o valor total devido, calculado de acordo com o ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) e descontando o valor da antecipação paga em setembro de 2023. Como o cálculo da parcela da Regra Básica de setembro considerou apenas 26% da Remuneração Base e não de 45%, esta diferença deve ser paga agora. De acordo com o lucro, também pode ser paga a parcela complementar, que garante até uma Remuneração Base por empregado”, explicou o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros.
A Caixa também deve anunciar a data de pagamento da PLR. Pelo ACT, o banco tem até o último dia 31 de março para pagar. Em virtude do feriado prolongado da Páscoa, o último dia útil de março é quinta-feira 28.
Mas, em mesa de negociações com o banco, ocorrida no dia 6 de fevereiro, a então coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, solicitou a antecipação do pagamento.
PLR da Caixa
O cálculo da PLR da Caixa é formado pela Regra Básica da Fenaban (composta por 90% do salário, mais uma parcela fixa de R$ 3.194,80, limitada ao teto de R$ 17.138,56), somada à parcela adicional Fenaban (de 2,2% do lucro líquido distribuída linearmente entre os empregados) e pela regra da Caixa (PLR Social), que distribui linearmente mais 4% do lucro líquido. Caso os valores distribuídos referente aos 4% do lucro líquido não alcancem o valor correspondente a uma Remuneração Base (RB), é previsto o pagamento de uma parcela complementar, para garantir o pagamento mínimo de uma RB a cada empregado.
O ACT prevê que o valor total anual distribuído de PLR é limitado à 15% do lucro líquido que a Caixa teve no ano de 2023.
Pela regra, a título de adiantamento, em setembro, deveria ser pago até 50% do valor referente à Regra Básica da Fenaban (ou seja, 45% do salário + uma parcela fixa de R$ 1.597,40, limitada a um teto de R$ 8.569,28), somada à parcela adicional de 2,2% e à PLR Social de 4% do lucro líquido semestral, distribuídos linearmente entre os empregados.
A Caixa, porém, optou por uma “postura conservadora” e não pagou o valor correspondente aos 45% do salário no adiantamento, reduzindo este percentual a 26%, assim como ocorreu em 2021, além de não pagar o valor referente à parcela de garantia de metade de uma Remuneração Base (RB).
Fonte: Contraf/CUT