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Bancários protestam contra demissões no Itaú

Terceirizações, fechamento de agências e adoecimento mental também foram alvos de protestos

Sindicatos de bancários protestaram em diversos estados do país, nesta terça-feira (28), contra demissões, terceirizações, fechamento de agências e o aumento do adoecimento mental no Itaú. Em Pernambuco, por exemplo, dez agências tiveram suas atividades paralisadas durante todo dia no Recife e Região Metropolitana. Também houve manifestações em Teresina (PI) e em diversas cidades do Rio de Janeiro. Os protestos visam denunciar para a sociedade a realidade do trabalho na categoria.

“O Itaú teve um lucro exorbitante nos primeiros nove meses de 2023. Não há justificativa para esta prática nociva e cruel que está implementando, em prejuízo não apenas dos bancários, mas de toda a sociedade, pois o atendimento à população e aos clientes, que precisam do serviço bancário, também são prejudicados”, disse o presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco e membro do Comando Nacional dos Bancários, Fabiano Moura.

Precarização

Dados do balanço do próprio Itaú mostram que entre o final de setembro de 2022 e setembro de 2023, o banco fechou 1.082 postos de trabalho e 180 agências físicas. Além do aumento do desemprego e precarização do atendimento bancário, os sindicatos apontam a elevação da sobrecarga de trabalho e do adoecimento da categoria.

Em seu perfil no Instagram, a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio de Janeiro (Federa/RJ), ressaltou que a realidade mostra o sucateamento das agências, desrespeito aos clientes, cobranças abusivas pelo cumprimento de metas pelos bancários e bancárias, o que vem provocando alto grau de adoecimento na categoria.

Adoecimento

“Os trabalhadores que adoecem e retornam ao trabalho, depois da licença médica, têm rebaixamento de cargo e sofrem discriminação. Muitos, que nos procuram pedindo ajuda já tentaram suicídio”, disse a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Valeska Pincovai. “Aqui em São Paulo, além do assédio moral nas agências de rua, nas agências digitais está um inferno trabalhar. Os funcionários são expostos na cobrança de metas e o banco não reconhece nenhuma denúncia que fazemos”, completou.

“O final do ano vem chegando. Nesta época, o banco sempre traz mensagens de esperança e otimismo em suas campanhas publicitárias. Mas, passa o ano todo massacrando seus funcionários e precarizando o atendimento bancário à população. É importante que a sociedade se atente a este fato”, observou o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Jair Alves. “Queremos melhores condições de trabalho e o respeito aos funcionários, aos clientes e à população. Estamos lutando e vamos continuar nesta luta”, concluiu.

Fonte: Contraf/CUT

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