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Presidenta Juvandia Moreira criticou a saída de Rita Serrano e entrada de Carlos Antônio Vieira FernandesPara Contraf-CUT, é muito ruim a troca de uma mulher por um homem na presidência da Caixa

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, criticou a troca na presidência da Caixa Econômica Federal de Rita Serrano por Carlos Antônio Vieira Fernandes. “As mulheres foram responsáveis por aproximadamente 60% dos votos de Lula nas últimas eleições. É ruim a substituição de uma mulher por um homem na presidência da Caixa”, disse. “Não vamos aceitar que a política do governo passado seja implementada, como o desmonte da empresa e da sua função de banco público. Nem retrocessos na política da gestão de pessoas”, completou Juvandia, ao ressaltar que trata-se de uma mulher a menos no governo.

A troca também foi criticada pela coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “Após as drásticas gestões do banco durante o governo anterior, que implementou uma política de assédio moral e sexual contra as empregadas e empregados, Rita vinha tentando mudar e melhorar o cenário. Tínhamos nossas críticas, mas a gestão era aberta ao diálogo”, falou. “Em uma instituição tão grande e importante como a Caixa, as mudanças demoram a acontecer. Infelizmente ocorreu a substituição quando as mudanças estavam em andamento”, completou.

A coordenadora da CEE destacou também a importância do papel social da Caixa. “Para que não haja risco na execução de políticas sociais prioritárias para o governo, como o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida e a própria política de financiamento habitacional do banco, entre outras, a Caixa não deveria ser usada como moeda de troca”, disse Fabiana, lembrando que, em gestões passadas, o banco já serviu como moeda de troca e teve sua gestão investigada e sua imagem prejudicada.

Para a diretora da Fetrafi-RS e representante do RS na CEE da Caixa, Sabrina Muniz, a troca do comando da Caixa foi feito sob pressão política. “Como empregada Caixa e representante das empregadas e empregados do Rio Grande do Sul, recebo a notícia com preocupação, especialmente sobre qual será a tônica da gestão que inicia. A Rita Serrano trazia muito fortemente a ideia da gestão humanizada dentro da Caixa e, mesmo mostrando muito empenho na pauta e alguns resultados nesse sentido, a Caixa ainda tem muito a avançar para que quem está na ponta possa sentir os efeitos da gestão humanizada, que precisa acontecer de fato”, ressaltou.

Segundo ela, ainda há muitos efeitos da gestão do medo dentro da Caixa: “Por isso, o meu principal pedido ao novo presidente, Carlos Antônio Vieira Fernandes, é: cuide das pessoas, pois nossos colegas são guerreiras e guerreiros, que estão sempre prontos para fazer o que o Brasil precisa. E lutaremos todos os dias para que a nova gestão entenda o papel fundamental que a Caixa desempenha para a reconstrução do Brasil. E que é preciso incrementar o papel da Caixa 100% pública e voltada para as políticas sociais, que retornaram com força dentro da Caixa desde o início do ano”.

A diretora da Fetrafi-RS lembrou ainda que é preciso avançar nas mesas de negociação e renovar o acordo sobre o Saúde Caixa. “Reiteramos o entendimento de que cargos de direção devem ser ocupados por pessoas capacitadas, de carreira e comprometidas com o fortalecimento da Caixa. Seguiremos vigilantes, atentos e atuantes na luta por melhores condições de trabalho para todos(as) os(as) trabalhadores(as)”, finalizou Sabrina.

Fonte: Contraf-CUT com edição da Fetrafi-RS

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